quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quando o homem decide ficar com o apelido da mulher


Marco Perego adotou o nome da mulher, a atriz Zoe Saldana
Marco Perego adotou o sobrenome da esposa, a atriz Zoe Saldana 
A prática de adotar o nome de família do cônjuge está disponível para ambos. Mas não é muito comum o parceiro masculino usar o apelido da mulher: em 2014 houve 1422 casos.


"Para mim, sempre foi claro que iria adotar o apelido da Alda. Íamo-nos casar e a ideia é de que seja para a vida. Como queríamos formar uma família, fazia sentido termos um nome de família." É assim que João Miguel Quintas Rocha Vieira, 34 anos, explica o que o levou a adotar o nome de família da mulher - Rocha - quando se casaram pelo civil, em agosto de 2012.
"Nunca achei que a velha ideia de que é a mulher que deve ficar com o apelido do marido - e que persiste na minha família - fazia sentido." Ambos adotaram o sobrenome um do outro, mas o que deixa as pessoas "surpreendidas" é o facto de João ter mudado o seu nome.
Em Portugal, a lei prevê que o homem possa usar da faculdade de adotar o sobrenome da mulher desde 1978, mas esta está longe de ser uma prática comum no país. Tradicionalmente, é a mulher quem passa a usar o apelido do marido.
De acordo com o Instituto de Registos e Notariado, 2076 homens escolheram acrescentar o apelido da mulher em 2007, o que representa cerca de 4% dos homens que se casaram nesse ano. Quanto às mulheres, 23 721 (49,15%) adotaram o apelido do marido.
No ano passado, apenas 1422 homens optaram por quebrar a tradição, embora a percentagem se mantenha nos 4%, pois houve uma quebra significativa no número total de casamentos. Já a percentagem de mulheres que o fez diminuiu para os 41,42%.

Matéria publicada aqui. 

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